27 Febrero 2018
Segundo a socióloga americana Priya Fielding-Singh : " a alimentação permite atenuar as privações materiais.
Priya Fielding-Singh, socióloga da Universidade de Stanford, autora do artigo: “A Taste of Inequality : Food’s Symbolic Value Across the Socioeconomic Spectrum » (Sociological Science, 2017) http://www.sociologicalscience.com/articles-v4-17-424/, procura uma explicação melhor sobre a o consumo de alimentos.
Para ela, qualquer estudo sobre hábitos alimentares deve levar em conta o valor simbólico e cultural que associamos aos alimentos. Ela passou três anos na Baía de São Francisco, conhecida por ser um concentrado de desigualdade social, para entrevistar membros de 73 famílias. Ela também acompanhou durante dois meses a intimidade de quatro “lares” de diferentes níveis socioeconômicos, compartilhando com eles os trajetos cotidianos, idas ao supermercado, lanches em frente à TV. Ela argumenta que, para os pais mais desfavorecidos, os comportamentos alimentares não são apenas ditados por restrições orçamentárias ou governados pela ignorância. Eles são uma forma de fazer do alimento um antídoto contra a privação e a pobreza.
Vale a leitura da entrevista dela no jornal francê “Libération”: http://www.liberation.fr/debats/2018/02/16/priya-fielding-singh-la-nourriture-permet-d-attenuer-les-privations-materielles_1630332
E a laitura do artigo também: https://www.sociologicalscience.com/download/vol-4/august/SocSci_v4_424to448.pdf
Temos que ir muito além do consumo e de certos determinantes para entender os hábitos alimentares e poder adequá-los da melhor maneira. Eis um dos desafios que a Verakis apoia por meio do seu novo curso: Identificação e intervenção dos determinantes do comportamento e consumo alimentar.