Blog Verakis

Seja bem-vindo! Este blog tem como objetivo apresentar os cursos e eventos internacionais da Verakis e permitir que ex e futuros alunos comuniquem-se entre si. A Verakis é uma Fundação Francesa que trabalha com desenvolvimento profissional e promove a divulgação e o debate de informações nas áreas de alimentos, alimentação e nutrição.

A ciência e o Direito protegem o consumidor das crises alimentares?

No dia 17 de outubro de 2014, tive a oportunidade de assistir o Coloquio "A ciência e o Direito protegem o consumidor das crises alimentares?" na ParisAgroTech.


Depois de tanto escândalo no setor alimentar (Contaminações por E.Coli, fraude da carne de cavalo, alergias alimentares cada vez mais frequentes...) as legislações vigentes e seus respectivos textos estão cadavez mais complexos e o questionamento principal deste coloquio era: sera que esta legislaçao toda protege realmente o consumidor? Sera que nao estamos alienando o consumidor, impedindo que ele se informe mais e se responsabilize mais?

 

O que mais me marcou além dos aspectos juridicos mencionados como a inspecção das industrias de alimentos e as reias senções existente aqui na Europa, como por exemplo o encarceramento dos empresarios, foram os comentarios de 

 

Hervé This : quimico, professor da ParisAgroTech, conhecido como um dos percurssores da gastronomia molecular, disse que o que comemos é basicamente agua e proteina, uma soluçao coloidal e que portanto pode-se reproduzir estas composições à partir de qualquer planta e ele chegou a comentar a possibilidade de produzir qualquer coisa, tipo grama, para fabricar estas soluçoes coloidais nutritivas. Bom, como nutricionistas me pergunto: e todos os nutrientes que são especificos e inerentes a cada alimento diferente? E a relaçao homem x natureza? E a biodiversidade? E o prazer de comer de forma variada? E o fato de sermos onivoros e termos a necessidade de experimenatr gostos, texturas e fontes de nutrientes diferentes? E? E? E...

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Enquanto mediadora cientifica, estou acostumada a ouvir diversos pontos de vista e na maioria das vezes são apenas diferentes mas aceitaveis. So que o de um quimicpo que pensa no alimento como uma caideia de moleculas e reaçoes e sem querer esquece o Homem e toda a riqueza social, cultural, espitirual e emocional deste mesmo Homem...não sei não.

Jean Luc Viruega, engenheiro de alimentos, especialista em traçabilidade de alimentos disse algumas coisas que eu gostei e que eu sempre repito: "existem coisas muito importantes que são retiradas do mercado porque somente o setor alimentar é denunciado pela midia"; " a midia, mal informada e que divulga informações fora de contexto e muito mal embasadas, causa danos à população e à economia; as pessoas deixam de consumir e quem acaba sendo prejudicado são os agriculturores".

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Pois é, os agricultores são nossa fonte de alimentos, se não fossem eles, não comeriamos quase nada, e sempre esquecemos do inico da cadeia..Como nossos valores estão invertidos! Ações valem mais que comida, o irreal vale mais que o real, o cara que se senta e so pensa ganha mais que o que rala o dia todo debaixo do sol, da chuva ou da neve...

 

Hervé This também falou de ma fé quando diz-se que alimentos industrializados são toxicos, que comppostos quimicos são toxicos e que somente os "naturais" são bons e benéficos; nesta hora ele falou do estragão e do manjericão que contém uma quantidade importante de estaguina que é altamente toxica. E????

 

O coloquio fazia parte do lançamento do livro "Traité pratique de droit alimentaire" (Tratado pratico do direito no setor de alimentos), coordenado por Jean-Louis Multon, Henri Temple e Jean-Luc Viruega, e editado pela Lavoisier.

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Eu achei incrivel, mais uma vez, o encontro multiprofissional, os olhares cruzados, a discussão de varios pontos de vista.

 

Juliana T. Grazini dos Santos (Paris - 2013)

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